Resenha | Most Beautiful Island

Sinopse: Uma imigrante ilegal nos Estados Unidos batalha diariamente para ganhar a vida, mas acaba se envolvendo num perigoso e misterioso jogo que pode custar a sua vida.

Resenha: Empregando um ritmo ágil à sua narrativa, a diretora/roteirista/atriz Ana Asensio nos apresenta a um retrato sombrio na vida dos imigrantes dos EUA. Tratam-se de pessoas que abandonaram suas vidas prévias por uma chance no país – ou mesmo para fugir dos seus traumas do passado – e que são tratadas como mercadorias, precisando se submeter a situações perigosas para poderem sobreviver. É o que aconteceu com a protagonista Luciana (papel da própria Asensio), que é vista se equilibrando entre diversas responsabilidades e diversos empregos, até que recebe uma proposta para um trabalho misterioso. A diretora sabe muito bem como construir a tensão, não apenas ao não revelar inicialmente a natureza desse “trabalho”, mas também ao mostrar a protagonista inicialmente em constante movimento, para depois colocá-la numa situação na qual ela é impossibilitada de se mexer, aumentando o suspense por causa dessa imobilidade forçada. Mas se ela acerta no suspense, o lado dramática fica um pouco desfalcado. Existem alguns indícios dos traumas pessoais de Luciana que são mencionados rapidamente, mas que nunca desenvolvidos, tornando a personagem um pouco rasa demais. Isso nos afasta dela em certos momentos, fazendo com que fiquemos tensos por causa da situação em si, e não por causa da pessoa que é colocada naquela situação. É um excelente exercício de gênero, mas não sei se a diretora não queria que seu filme fosse reduzido a isso.

FICHA TÉCNICA:

Título: Most Beautiful Island

Direção: Ana Asensio

Roteiro: Ana Asensio

Elenco: Ana Asensio, Natasha Romanova e David Little.

Gênero: Drama/Thriller

País: EUA

Ano: 2017

Nota: ⭐⭐⭐